9.5.07

do acaso

um dia eu fui na banca fazer a minha compra mensal. moda. música. novidades. suprimento suficiente para dias de sol, noites tediosas, companhia para o almoço e demais brechas no tempo.
em uma delas veio um calombo. um vidro de esmalte que foi renegado a um lugar - sem destaque nem glamour - do meu criado-mudo numa dessas noites tediosas. em que eu li a revista. toda. inteira. que era tão profunda qto pode ser uma revista que traz um vidro de esmalte. e em que eu precisava arranjar mais coisas pra fazer.
olhei pro lado. 2 am. (amanhã eu preciso acordar cedo). um livro. um esmalte. o abajur.
o esmalte.
o esmalte era uma das coisas mais inúteis q eu poderia ter ganhado. em todos os meus vinte e cinco anos de vida. e não só era um esmalte. era vermelho. sim. sem dúvida alguma. ele era vermelho.
hum... e se eu pintasse a unha? sim, eu tenho acetona. tá. eu pinto. durmo. e vejo como eu me sinto quando acordar.
2:15 am. unhas pintadas. definitivamente de vermelho.

-

8:30 am. ai, saco.
uou! unhas pintadas!
vermelho! me gusta.

saí desfilando-as por aí.

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la bohéme. volúpia. fifith avenue. deixa beijar. carmim. cigana. pareô. desejo. diva.
tenho todos.
todos definitivamente vermelhos.

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