1.6.08

da cena final

chão de tacos de madeira. um quarto. bem espaçoso. a cama de casal - grande e bem no meio - nem atravanca o resto do cômodo. vê-se pelo chão roupas que foram atiradas horas atrás pelas mãos alheias, numa rapidez afoita em que quase não se nota o processo, só o resultado. A janela de tamanho tão confortável como não se faz mais hoje em dia, deixa as primeiras luzes do dia entrar aos filetes até iluminar sutilmente o móvel cheio de tralhas, os tacos de madeira e a bagunça em cima da cama. A pouca luz - aquela que transforma a noite de ontem na manhã de amanhã - deixa mais charmosas as caras amassadas do casal esparramado no colchão.

os dois ainda na cama enroscados e pegando no sono de comum acordo. Em um traveling tranqüilo, a câmera suave vai se afastando imperceptivelmente como a respiração delicada de quem dorme sem preocupações. a cena toda vai se esmaecendo aos poucos, com a luz engolindo o ambiente até sobrar só ela.

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acabou chorare. ficou tudo lindo. de manhã cedinho.

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the end

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